Manual do Banco de Leite Humano

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BANCO DE LEITE HUMANO

MANUAL DE QUALIDADE DOS PROCEDIMENTOS

EM BANCO DE LEITE HUMANO

(UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)


REITOR

Roberto Cláudio Frota Bezerra

MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND

DIRETOR GERAL

Francisco Manuelito de Almeida

BANCO DE LEITE HUMANO

COORDENADORA

Rita de Cássia Barros Rodrigues

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Kedimam Célis Barros Bastos – Enfermeira do Banco de Leite Humano
Maria Marly Lopes Vieira Peixoto – Farmacêutica do Banco de Leite Humano
Rita de Cássia Barros Rodrigues – Enfermeira do Banco de Leite Humano

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APRESENTAÇÃO

A redução da taxa de mortalidade infantil é o maior desafio que enfrentam os países em desenvolvimento para a sobrevivência das crianças nos primeiros anos de vida. A importância do aleitamento materno no combate à desnutrição e à queda da morbi-mortalidade infantil se impõe, à medida que suas vantagens se tornam conhecidas como aleitamento ideal para lactentes nos primeiros meses de vida.

O Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, ciente da importância do papel que desempenha no incentivo das práticas do aleitamento materno, elaborou sua primeira edição do manual de qualidade dos procedimentos adotados nesta instituição.

Neste manual, a equipe do Banco de Leite Humano normatizou todos os processos de coleta, processamento, estocagem, distribuição e controle de qualidade do leite humano ordenhado, adaptando às normas técnicas em vigor ao cotidiano da Maternidade.

Este manual, pela riqueza de seu conteúdo, além de contribuir para atingir maiores níveis de excelência do serviço, será de grande valia para a formação dos profissionais de saúde interessados no assunto.

Apresentamos nossos agradecimentos a toda a equipe do Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, pelo comprometimento e pela dedicação com que abraçam a causa do aleitamento materno. Esta obra de amor foi escrita devido à participação de seus membros.

Prof. Francisco Manuelito Lima de Almeida
Diretor Geral da MEAC/UFC

MISSÃO

O Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará, tem como missão incentivar, proteger e promover o aleitamento materno, diminuindo os índices de morbi-mortalidade infantil, visando a melhoria da qualidade de vida da população.

Rita de Cássia Barros Rodrigues
Coordenadora do Banco de Leite Humano

HISTÓRICO DA MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND

A Maternidade Escola Assis Chateaubriand foi construída por iniciativa do senador e jornalista João Calmon, através de uma campanha de âmbito nacional, na qual participaram jornais, revistas e estações de rádio e de televisão, sob a coordenação dos “Diários e Rádios Associados” , que assegurou o sucesso da iniciativa.

A pedra fundamental da edificação foi lançada em 3 de março de 1956, com o nome de Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza. O movimento pró-construção da Maternidade Escola foi crescendo, motivados e conscientes que estavam os grandes empresários, quanto a contribuição social que dariam à capital cearense, marcada com grandes adversidades pelo flagelo da seca.

Existia no Ceará grande carência de leitos hospitalares filantrópicos destinados às gestantes pobres, pois àquela época não existia o princípio da universalidade, quando não era assegurado a todos o direito saúde.

Após nove anos de grande mobilização e árdua luta para a arrecadação de fundos suficientes para a construção do empreendimento, finalmente a Maternidade foi inaugurada em 15 de janeiro de 1965, com o nome de Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em homenagem ao jornalista Assis Chateaubriand, maior acionista dos Diários e Rádios Associados.

No decorrer da semana posterior à inauguração, foi assinado um convênio entre a Universidade Federal do Ceará e a entidade mantenedora da Maternidade, através do qual foram assegurados os recursos necessários ao seu funcionamento imediato.

Após 4 anos, a Maternidade Escola Assis Chateaubriand passou a ser juridicamente uma empresa privada sem fins lucrativos, decretada de utilidade pública pelo Decreto-Lei Nº 65027/69, com razão social de Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand (SAMEAC). De hospital essencialmente assistencial, passa a ter como função básica o ensino, a pesquisa e a extensão, subsidiando as disciplinas nos cursos da área da saúde da Universidade Federal do ceará, que envolvem a assistência integral à saúde da mulher e do recém- nascido.

A Maternidade iniciou suas atividades com 126 leitos e hoje sua capacidade instalada total é de 230 leitos, sendo 150 para obstetrícia, 15 para ginecologia, 08 para UTI obstétrica, 52 para UTI neonatal e 05 destinados ao atendimento dos recém nascidos pela metodologia Canguru, dispondo ainda de 44 salas de consultórios ambulatoriais.

Com o decorrer dos anos, a Maternidade foi expandindo seus serviços e adquirindo a confiança e credibilidade da comunidade pelos relevantes serviços prestados, passando a ser considerado hospital de referência terciária.

A Maternidade Escola Assis Chateaubriand em 1993, recebeu da Unicef o título de “Hospital Amigo da Criança” , título este mantido até hoje.

Hoje, cada vez mais consciente da responsabilidade que esta instituição tem para com a sociedade, busca-se dar um salto de qualidade, procurando diferenciais na humanização e na excelência do atendimento.

O compromisso de todos que a fazem com a sua missão e seus valores, constitue atualmente, a base sólida da organização eficaz que se propôs a ser.

HISTÓRICO DO BANCO DE LEITE HUMANO

O Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará (BLH/MEAC/UFC), foi fundado em 23 de Março de 1988. A semente foi plantada desde 1985 quando implementado um Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno (PIAM – MEAC), o qual fornecia informações sobre amamentação nos diversos setores da instituição e em vários segmentos da sociedade.

O objetivo do Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand é trabalhar as questões relacionadas ao aleitamento materno através do PIAM, bem como realizar controle de qualidade no leite humano ordenhado.

Desde 1993 a Maternidade Escola Assis Chateaubriand tem reconhecimento nacional como Hospital Amigo da Criança, onde o Banco de Leite Humano “cumpre seu papel”, dentro desta filosofia de proteção, promoção e incentivo à amamentação, colaborando para redução dos índices de morbi-mortalidade infantil no Estado do Ceará, melhorando assim a qualidade de vida da população.

O Banco de Leite Humano incentiva e promove o Aleitamento Materno através de várias ações: atendimento às gestantes durante o pré natal, atendimento à criança com acompanhamento de puericultura até o 6º mês de vida, às nutrizes com dificuldades em amamentação, realiza controle de qualidade do leite humano ordenhado, mantém parcerias com vários segmentos da sociedade, coordena o Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno da MEAC, treina e capacita profissionais da saúde e áreas afins, colabora e realiza pesquisas científicas e é o principal colaborador na manutenção do Título Hospital Amigo da Criança.

GLOSSÁRIO

  • Aleitamento materno exclusivo – Amamentação sem complementação
  • BLH – Banco de Leite Humano
  • CPD – Centro de Processamento de Dados
  • Crematócrito – Técnica adaptada por Lucas para detecção do valor calórico do Leite Humano
  • LH – Leite humano
  • LHO – Leite humano ordenhado, retirado por extração manual do seio da nutriz
  • LHOP – Leite humano ordenhado pasteurizado
  • Nutriz – Mulher em processo de aleitamento
  • Ordenha mamária – Extração do leite materno
  • Pasteurização – Processo de controle de qualidade do leite humano ordenhado
  • Puericultura – Acompanhamento do desenvolvimento e crescimento de crianças
  • PIAM – MEAC – Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno da Maternidade Escola Assis Chateaubriand

SUMÁRIO

      • 3.1.1. Preparo de Material
        3.1.2. Técnica de Ordenha Mamária no Banco de Leite Humano
        3.1.3. Coleta de Leite Humano Ordenhado no Domicílio
        3.1.4. Transporte de Leite Humano Ordenhado
        3.1.5. Recebimento de Leite Humano Ordenhado
        3.1.6. Processamento de Leite Humano Ordenhado
        3.1.7. Pasteurização de Leite Humano Ordenhado
        3.1.8. Estocagem de Leite Humano Ordenhado
        3.1.9. Distribuição de Leite Humano Ordenhado
        3.1.10. Rotina para Laboratório de Controle de Qualidade de LH
        3.1.11. Fluxograma – Controle de Qualidade em LHO
        3.2.1. Fluxograma – Atendimento às Gestantes
        3.3.1. Fluxograma-Atendimento de Enfermagem ao Bebê Sadio
        3.5.1. Fluxograma – Atendimento à nutriz no Banco de Leite
    • 3.1 Práticas do Controle de Qualidade do Leite Humano Ordenhado
      3.2 Atendimento às Gestantes
      3.3 Atendimento de Enfermagem ao Bebê Sadio.32
      3.4 Atendimento às Clientes por Telefone no Banco de Leite Humano
      3.5 Atendimento à nutriz no Banco de Leite Humano

      4.1. Ingurgitamento mamário
      4.2. Fissura Mamilar
      4.3. Mastite
  • 1. Responsabilidades do Banco de Leite Humano
    2. Regulamento do Banco de Leite Humano
    3. Rotinas do Banco de Leite Humano
    4. Linhas de Conduta em Aleitamento Materno
    5. Aconselhamento em Amamentação
    6. Orientações pelo Telefone às Clientes com Dúvidas em Aleitamento
    7. Organização do Serviço de Banco de Leite Humano por Estabelecimento de Funções

1. RESPONSABILIDADES DO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Estabelecer as responsabilidades do Banco de Leite Humano

É de responsabilidade do Banco de Leite Humano :

  • Implementar o Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno nos diversos setores da Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
  • Manter controle de qualidade e distribuição de Leite Humano Ordenhado pasteurizado.
  • Atender às clientes com dificuldades no aleitamento materno.
  • Orientar por telefone às clientes com dúvidas nas questões relacionadas com amamentação.
  • Fazer acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de filhos de primíparas nascidos na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, até o 6º mês de vida.
  • Estabelecer funções para os profissionais da equipe do Banco de Leite Humano.
  • Elaborar rotinas e linhas de conduta em Aleitamento Materno.
  • Colaborar e realizar pesquisas científicas relacionadas ao Aleitamento Materno.
  • Treinar e capacitar em aleitamento materno profissionais da área da saúde e afins.
  • Treinar e capacitar em aleitamento materno os segmentos da sociedade, para promoção e incentivo ao Aleitamento Materno, como melhoria da qualidade de vida da população.

2. REGULAMENTO DO BANCO DE LEITE HUMANO MATERNIDADE ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND

Objetivo: Regularizar atividades relacionadas com atendimento e funções do Banco de Leite Humano

  • O Banco de Leite Humano está diretamente subordinado à Direção Geral da Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
  • O horário de funcionamento do Banco de Leite Humano da Maternidade Escola Assis Chateaubriand para os diversos atendimentos é de Segunda a Sexta-feira, de 07 às16 horas.
  • Todo profissional da equipe do Banco de Leite Humano deverá estar capacitado para exercer função pré- estabelecida, segundo a organização do serviço do Banco de Leite Humano.
  • Todo profissional da equipe do Banco de Leite Humano deverá seguir linhas de conduta e técnicas de aconselhamento pré- estabelecidas no atendimento às clientes.
  • Os profissionais de saúde, acadêmicos de graduação ou voluntários que solicitarem estágio não remunerado no Banco de Leite Humano, deverão apresentar autorização da Direção da Maternidade Escola Assis Chateaubriand -NEP (Núcleo de Ensino e Pesquisa) à Coordenação do Banco de Leite Humano.

3. ROTINAS DO BANCO DE LEITE HUMANO

3.1 CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE HUMANO ORDENHADO

3.1.1. PREPARO DE MATERIAL

Objetivo: Esclarecer sobre técnica correta para limpeza de material do BLH

  • Imergir frasco e tampa em solução de hipoclorito com concentração de 0,5% por no mínimo 30 minutos.
  • Retirar resíduos de Leite Humano dos frascos e tampas com água corrente.
  • Imergir material em solução detergente neutro por 1 hora.
  • Lavar material com escova apropriada e água corrente.
  • Imergir frasco e tampa em água destilada.
  • Promover secagem de material em estufa.
  • Embalar frascos e tampas em papel madeira.
  • Autoclavar os frascos embalados por 25 minutos a 121ºC.

Observação 1: Para outro tipo de material (vidraria de laboratório) usar a mesma rotina, modificando a utilização do detergente neutro por solução desincrostante para material cirúrgico e de laboratório.

Observação 2: Os materiais podem ser preparados na central de material da instituição.

3.1.2. ORDENHA MAMÁRIA NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Esclarecer sobre a técnica correta para ordenha mamária

A ordenha mamária deverá ser feita pelo profissional do Banco de Leite até que a mãe possa fazer sozinha.

  • Retirar anéis, pulseiras e relógios.
  • Lavar mãos e antebraço fazendo cuidadosa limpeza das unhas com sabão e água corrente.
  • Secar as mãos com toalha descartável.
  • Fechar torneira com a própria toalha.
  • Vestir avental.
  • Friccionar as mãos com álcool a 70%, glicerinado ou não, durante 30 segundos.


Figura 1 – Ordenha Mamária no BLH – MEAC

  • Dispor de frasco estéril sobre a mesa para coleta do leite humano.
  • Calçar luvas de procedimento.
  • Explicar a técnica de ordenha manual a ser seguida.
  • Massagear toda a mama no sentido aréola – tórax em movimentos circulares.
  • Massagear toda a mama no sentido da saída do leite (tórax – aréola).
  • Iniciar expressão manual, desprezando os primeiros jatos de leite para evitar contaminação.
  • Colocar o frasco abaixo da aréola, deixando a tampa na mesa com a parte estéril para cima.
  • Realizar expressão suavemente para promover a saída do leite diretamente no frasco.
  • Fechar o frasco.
  • Rotular o frasco com o nome da doadora, número de dias pós – parto, data, local da ordenha e nome de quem realizou a ordenha.

3.1.3 COLETA DE LEITE HUMANO ORDENHADO NO DOMICÍLIO

Objetivo: Esclarecer sobre práticas de controle de qualidade do leite humano Ordenhado durante coleta de leite humano no domicílio

A coleta domiciliar é realizada por profissional de saúde da equipe do Banco de Leite Humano que deverá:

  • Preencher cadastro da doadora.
  • Explicar à mãe a finalidade da doação do leite.
  • Orientar quanto a técnica de ordenha mamária descrita no item anterior.
  • Receber os frascos de leite doado e transportá-los ao Banco de Leite Humano.
  • Orientar quanto a rotulagem, conservação e pré estocagem do Leite Humano Ordenhado.
  • Esclarecer possíveis dúvidas da doadora sobre aleitamento materno.
  • Orientar a mãe, que em qualquer dúvida, poderá se comunicar com o Banco de Leite Humano.
  • Entregar folhetos informativos à doadora.

3.1.4 TRANSPORTE DE LEITE HUMANO ORDENHADO

Objetivo: Manter cadeia de frio no transporte do leite humano ordenhado.


Figura 2 – Transporte de Leite Humano Ordenhado

  • Transportar os frascos contendo leite humano congelado em caixas isotérmicas, contendo gelo reciclável.
  • Manter termômetro de máxima e mínima na caixa isotérmica.

3.1.5 RECEBIMENTO DO LEITE HUMANO ORDENHADO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Esclarecer sobre controle de qualidade do leite humano ordenhado durante recebimento do LHO no Banco de Leite Humano

Ao receber o leite humano ordenhado o funcionário deverá:

  • Investigar pré estocagem.
  • Avaliar as condições de conservação que o leite se encontra no momento da recepção.
  • Verificar e registrar possíveis alterações nos frascos, bem como a presença de sujidades no leite humano, desprezando-os .


Figura 3 Recebimento do Leite Humano Ordenhado

  • Avaliar se a embalagem é higienicamente adequada.
  • Verificar se o rótulo está devidamente preenchido.
  • Registrar volume e procedência do Leite Humano Ordenhado doado.
  • Passar álcool a 70% na parte externa do frascos, tendo cuidado de lavar em água corrente os frascos contendo camada externa de gelo.
  • Estocar em freezer ou encaminhar para processamento.

3.1.6. PROCESSAMENTO DO LEITE HUMANO ORDENHADO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Esclarecer sobre controle de qualidade do leite humano durante processamento do LHO no Banco de Leite Humano

  • Proceder descongelamento do Leite Humano Ordenhado em banho-maria até 40ºC.
  • Proceder reenvase do leite humano doado em campo de chama seguindo critérios de volume adotado pelo Banco de Leite Humano.
  • Rotular frasco com leite humano doado, observando os critérios adotados pelo Banco de Leite Humano.
  • Coletar amostras para análise do controle de qualidade (físico-químico e de acidez).

3.1.7. PASTEURIZAÇÃO DE LEITE HUMANO ORDENHADO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar procedimentos de pasteurização de LHO no BLH

  • Regular o banho-maria à temperatura de pasteurização (62,5ºC).
  • Certificar-se que o banho-maria estabilizou a temperatura de pasteurização.
  • Colocar os frascos com o leite humano no interior do banho-maria;
  • Aguardar tempo de pré – aquecimento para atingir temperatura de pasteurização.
  • Marcar 30 minutos imediatamente após o término do pré – aquecimento.
  • Registrar temperatura em mapa de controle a cada 5 minutos.
  • Agitar frascos no pasteurizador.
  • Retirar frascos do banho-maria após pasteurização.
  • Promover o resfriamento dos frascos com leite humano pasteurizado por imersão em água a – + 5 ºC.
  • Coletar amostra para controle microbiológico, inoculando 04 ml de leite humano ordenhado pasteurizado em 10 ml de meio de cultura (caldo verde brilhante), na concentração de 5%.

Figura 4 – Banho Maria Figura

5 – Resfriamento dos Frascos

3.1.8. ESTOCAGEM DE LEITE HUMANO ORDENHADO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar os procedimentos sobre estocagem de LHO no BLH

  • Estocar leite humano ordenhado pasteurizado em freezers (congelamento) por até 06 meses.
  • Efetuar rigoroso controle de temperatura dos freezers, para evitar flutuações de temperatura prejudiciais à manutenção da qualidade do leite humano.
  • Vetar estocagem de leite humano ordenhado com outros produtos hospitalares.
  • Registrar temperatura em mapa.

3.1.9 DISTRIBUIÇÃO DE LEITE HUMANO ORDENHADO PASTEURIZADO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar procedimentos para distribuição de LHO no BLH

  • Selecionar como receptores os lactentes que apresentam uma ou mais das indicações que se seguem:
  • Prematuros e Rn de baixo peso que não sugam.
  • Recém nascidos infectados (especialmente enteroinfecções).
  • Portadores de deficiência imunológica.
  • Portadores de diarréia protraída.
  • Portadores de alergia à proteína heteróloga.
  • Casos excepcionais, a critério médico.

3.1.10 ROTINA PARA LABORATÓRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar rotina para laboratório de controle de qualidade de LH

CONTROLE FÍSICO QUÍMICO

TESTE DE ACIDEZ DORNIC

  • Aliquotar 01 ml de leite humano ordenhado em pipeta volumétrica.
  • Diluir o volume coletado em 09 ml de água destilada (fervida por 15 minutos).
  • Adicionar uma gota do indicador fenolftaleína (1% em álcool PA).
  • Titular com hidróxido de sódio (NaOH 0,11N) em pipetas microbureta graduada em centésimo, até a viragem do indicador para levemente róseo.
  • Expressar os resultados em graus Dornic, onde 0,01 ml corresponde a 01 grau Dornic(O leite humano varia de 2 a 6 graus Dornic).
  • Enviar resultados ao Banco de Leite Humano.
  • Desprezar leite humano com acidez alterada (acima de 6 graus).

CONTROLE FÍSICO – QUÍMICO

CREMATÓCRITO

  • Usar para amostra 1,0 ml de leite humano ordenhado cru.
  • Executar técnica crematócrito de Lucas : centrifugar leite humano em tubos capilares por 15 minutos.
  • Determinar teor de creme, gordura e energia : mensurar com régua a coluna de creme e a coluna total.
  • Calcular conteúdo energético e teor de gordura e creme pelas fórmulas:
      Teor de Creme % = coluna de creme(mm) x 100
      coluna total
      Teor de gordura % = teor de creme % – 0,59
      1,46
    • Conteúdo energético (kcal/ml) = 66,8 x teor de creme % + 290
  • Registrar os dados nos rótulos em cada frasco.


Figura 06 – Controle Físico-Químico (Crematócrito)

RELAÇÃO CREME% – GORDURA% – KCAL/ML

(LUCAS E COLS)

C% G% Kcalml C% G% Kcalml C% G% Kcalml C% G% Kcalml
1,0 0,28 0,35 4,1 2,40 0,56 7,2 4,52 0,77 10,3 6,65 0,97
1,1 0,34 0,36 4,2 2,47 0,57 7,3 4,59 0,77 10,4 6,71 0,98
1,2 0,41 0,37 4,3 2,54 0,57 7,4 4,66 0,78 10,5 6,78 0,99
1,3 0,48 0,37 4,4 2,60 0,58 7,5 4,73 0,79 10,6 6,85 0,99
1,4 0,55 0,38 4,5 2,67 0,59 7,6 4,80 0,79 10,7 6,92 1,00
1,5 0,62 0,39 4,6 2,74 0,59 7,7 4,86 0,80 10,8 6,99 1,01
1,6 0,69 0,39 4,7 2,81 0,60 7,8 4,93 0,81 10,9 7,06 1,01
1,7 0,76 0,40 4,8 2,88 0,61 7,9 5,0 0,81 11,0 7,13 1,02
1,8 0,82 0,41 4,9 2,95 0,61 8,0 5,07 0,82 11,1 7,20 1,03
1,9 0,89 0,41 5,0 3,02 0,62 8,1 5,14 0,83 11,2 7,20 1,03
2,0 0,96 0,42 5,1 3,08 0,63 8,2 5,21 0,83 11,3 7,30 1,04
2,1 1,03 0,43 5,2 3,15 0,63 8,3 5,28 0,84 11,4 7,40 1,05
2,2 1,10 0,43 5,3 3,22 0,64 8,4 5,34 0,85 11,5 7,50 1,05
2,3 1,17 0,44 5,4 3,29 0,65 8,5 5,41 0,85 11,6 7,54 1,06
2,4 1,23 0,45 5,5 3,36 0,65 8,6 5,48 0,86 11,7 7,60 1,07
2,5 1,30 0,45 5,6 3,43 0,66 8,7 5,55 0,87 11,8 7,67 1,07
2,6 1,37 0,46 5,7 3,50 0,67 8,8 5,62 0,87 11,9 7,74 1,08
2,7 1,44 0,47 5,8 3,56 0,67 8,9 5,69 0,88 12,0 7,80 1,09
2,8 1,51 0,47 5,9 3,63 0,68 9,0 5,76 0,89 12,1 7,88 1,09
2,9 1,58 0,48 6,0 3,70 0,69 9,1 5,82 0,89 12,2 7,90 1,10
3,0 1,65 0,49 6,1 3,77 0,69 9,2 5,89 0,90 12,3 8,0 1,11
3,1 1,71 0,49 6,2 3,84 0,70 9,3 5,96 0,91 12,4 8,01 1,11
3,2 1,78 0,50 6,3 3,91 0,71 9,4 6,0 0,91 12,5 8,15 1,12
3,3 1,85 0,51 6,4 3,97 0,71 9,5 6,10 0,92 12,6 8,20 1,13
3,4 1,92 0,51 6,5 4,04 0,72 9,6 6,17 0,93 12,7 8,29 1,13
3,5 1,99 0,52 6,6 4,11 0,73 9,7 6,23 0,93 12,8 8,36 1,14
3,6 2,0 0,53 6,7 4,18 0,73 9,8 6,30 0,94 12,9 8,40 1,15
3,7 2,13 0,53 6,8 4,25 0,74 9,9 6,37 0,95 13,0 8,50 1,15
3,8 2,2 0,54 6,9 4,3 0,75 10,0 6,44 0,95 13,1 8,56 1,16
3,9 2,26 0,54 7,0 4,4 0,75 10,1 6,51 0,96 13,2 8,63 1,17
4,0 2,33 0,55 7,1 4,45 0,76 10,2 6,58 0,97 13,3 8,70 1,17

Banco de Leite Humano – Maternidade Escola Assis Chateaubriand – Universidade Federal do Ceará – 1999.

CONTROLE MICROBIOLÓGICO

  • Inocular 04 ml de leite humano ordenhado pasteurizado em 10 ml de meio de cultura (caldo verde brilhante) na concentração de 5%.
  • Proceder leitura das análises após 48 h de incubação da amostra em estufa a 36,5ºC.


Figura 07 – Controle Microbiológico – Leitura de Resultado

  • Registrar resultados, selecionando frascos gás positivo (leite possivelmente contaminado).
  • Fazer teste confirmatório dos leites positivos em meio de cultura (caldo verde brilhante) na concentração de 4%.
  • Encaminhar resultados ao setor de controle de qualidade no Banco de Leite Humano.


Figura 08 – Controle Microbiológico-Confirmatório

3.1.11 FLUXOGRAMA DO CONTROLE DE QUALIDADE DO LHO

Objetivo: Esclarecer quanto a rotina do controle de qualidade do LHO

3.2. ATENDIMENTO ÀS GESTANTES

Objetivo: Normatizar atendimento de orientação ao aleitamento materno para gestantes

  • Realizar grupos diários de gestantes que fazem pré natal na Maternidade Escola Assis Chateaubriand no momento da marcação da primeira consulta pré natal.
  • Realizar grupos semanais de gestantes, aprazadas previamente, faltosas à palestra na 1ª consulta de pré natal e externas ao atendimento da Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
  • Esclarecer durante o grupo de orientação à gestante, questões sobre vantagens do aleitamento materno para a mãe e o bebê, cuidados com a mama gestacional e puerperal, cuidados durante amamentação, ordenha e conservação do leite humano ordenhado, cuidados e comportamento do bebê.
  • Distribuir folhetos informativos para as gestantes.
  • Realizar, após a palestra, exame físico das mamas.
  • Detectar possíveis dificuldades quanto ao tipo de mamilo x pega do bebê ao seio.
  • Aprazar retorno ao Banco de Leite Humano, se necessário.
  • Registrar o atendimento realizado no centro de processamento de dados e na estatística do Banco de Leite Humano.


Figura 09 – Grupo de Gestantes

3.2.1 FLUXOGRAMA – ATENDIMENTO À GESTANTE

Objetivo: Esclarecer quanto a rotina do atendimento à gestante

3.3. ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM AO BEBÊ SADIO NO BLH

Objetivo: Normatizar quanto às orientações sobre aleitamento materno nas consultas de Enfermagem ao bebê sadio no Banco de Leite Humano

  • Realizar palestras diárias com nutrizes sobre Aleitamento Materno (vantagens, técnicas de amamentação, fisiologia da lactação), cuidados e comportamento do bebê e levantamento de dúvidas acerca da amamentação.


Figura 10 – Grupo de Nutrizes

  • Aferir, mensalmente, peso e altura dos bebês acompanhados no ambulatório de puericultura do Banco de Leite Humano.
  • Avaliar crescimento e desenvolvimento dos bebês acompanhados no ambulatório de puericultura do Banco de Leite Humano.
  • Registrar dados no cartão da criança.
  • Incentivar, durante a consulta de puericultura, o Aleitamento Materno Exclusivo até o 6º mês de vida do bebê.
  • Reforçar outras orientações feitas na palestra.


Figura 11 – Consulta de Enfermagem ao Bebê

  • Observar técnicas de amamentação sugerindo às mães que amamentem durante a consulta.
  • Informar à nutriz que mediante obstáculos de amamentação ou intercorrências com a criança, trazer a mesma para avaliação médica e/ou de enfermagem.
  • Incentivar participação dos pais e/ou familiares do bebê no momento da consulta, ressaltando a importância do apoio e segurança à nutriz.


Figura 12 – Aferição do Peso e Estatura

  • Aprazar retorno mensalmente.
  • Investigar possíveis faltosos nas consultas de puericultura, para posterior contato e controle da evasão.
  • Registrar o atendimento no centro de processamento de dados e na estatística do Banco de Leite Humano.

3.3.1 FLUXOGRAMA – ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM AO BEBÊ SADIO NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Esclarecer a rotina de atendimento à puericultura

3.4 ATENDIMENTO ÀS CLIENTES POR TELEFONE NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar atendimento à clientes com dúvidas de amamentação por telefone no Banco de Leite Humano


Figura 13 – Atendimento à Cliente por Telefone

  • Orientar clientes com dúvidas sobre aleitamento materno que telefonam para o Banco de Leite Humano, seguindo pontos importantes para diagnóstico da situação e conduta para cada dificuldade.
  • Registrar número de atendimento por telefone na estatística do Banco de Leite Humano.

3.5 ATENDIMENTO À NUTRIZ NO BANCO DE LEITE HUMANO

Objetivo: Normatizar à nutriz com dificuldades em amamentação

  • Realizar consulta de Enfermagem à clientes com dificuldades na Amamentação.
  • Seguir linhas de condutas e técnicas de Aconselhamento em Aleitamento Materno estabelecidas pelo Banco de Leite Humano.
  • Incentivar participação de familiares da cliente, no momento da consulta, ressaltando a importância do apoio e segurança na Amamentação.


Figura 14 – Atendimento à Nutriz com Dificuldade em A.M.

  • Distribuir folhetos informativos às nutrizes.
  • Informar à cliente sobre normas e rotinas gerais do Banco de Leite Humano.
  • Fazer encaminhamentos, se necessário.
  • Aprazar retorno, se necessário.
  • Registrar atendimento no centro de processamento de dados e na estatística do Banco de Leite Humano.

3.5.1 FLUXOGRAMA – ATENDIMENTO À NUTRIZ

Objetivo: Escarecer sobre rotina de atendimento à nutriz

4. LINHAS DE CONDUTA EM BANCO DE LEITE HUMANO

4.1. INGURGITAMENTO MAMÁRIO

Objetivo: Normatizar as condutas no atendimento aos problemas mamários durante a amamentação


Figura 15 – Ingurgitamento mamário

Conceito : Estase láctea que ocorre pelo inadequado esvaziamento das mamas, tendo como conseqüência retenção de leite nos alvéolos obstruindo ductos mamários.

Classificação:

  • Fisiológico(precoce) : acontece geralmente até o 5º dia pós parto.
  • Patológico(tardio) : acontece geralmente após o 5º dia pós parto.

Diagnóstico : As mamas ingurgitadas apresentam aumento do volume mamário, pele esticada com aspecto brilhante, margem bem demarcada no local de sua implantação no tórax, endurecimento e dor à palpação, massas nodulares presentes, veias proeminentes, hiperemia discreta, tensão na região areolar dificultando a sucção e drenagem do leite; mal estar geral e mialgia.

4.2. FISSURA MAMILAR

Objetivo: Normatizar as condutas no atendimento aos problemas mamários em amamentação


Figura 16 – Fissura mamária

Conceito : “Rachadura no peito”. Lesão no mamilo devido pega incorreta do bebê ao seio ou monilíase secundária.

Classificação : A fissura mamilar pode ser leve, moderada ou extensa.

Diagnóstico : A fissura mamilar por pega incorreta do bebê ao seio é mais freqüente nos primeiros dias de vida do bebê pelo desgaste do mamilo em sucção ineficaz. Esse tipo de rachadura localiza-se geralmente na extremidade do mamilo. As clientes referem dor, ansiedade e dificuldade para aleitar. A fissura mamilar por monilíase secundária é provocada pela contaminação do mamilo pela Cândida Albicans na cavidade oral do bebê ou da vagina da nutriz; o aparecimento é tardio e o corte é na base do mamilo, onde a pele fica despigmentada. A cliente refere dor e ardor ao amamentar.

4.3. MASTITE

Objetivo: Normatizar as condutas no atendimento aos problemas mamários em amamentação

Conceito : Processo infeccioso localizado na mama. Processo piogênico da mama, do tecido gorduroso pré parenquimatoso ou do tecido glandular. Pode ser pela complicação do ingurgitamento mamário, rachaduras no mamilo ou obstrução de conductos incorretamente tratados. A estase láctea por si só não causa mastite, mas pode lesar o tecido permitindo a instalação de bactérias.

Classificação:

  • Parenquimatosa : Infecção dos ácinos glandulares, contaminação por via canalicular. Atinge um ou mais lobos.
  • Intersticial: Comprometimento de toda a glândula mamária. A contaminação se dá por solução de continuidade da pele da região mamilo areolar que atinge as vias linfáticas.

Diagnóstico : As mamas com mastite apresentam calor, edema, dor, hipersensibilidade, aumento do volume, endurecimento local, presença de pus podendo evoluir para abcesso, febre, mal estar geral, calafrios…

5. ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO

Objetivo: Esclarecer quanto às técnicas de comunicação, como facilitador do processo ensino aprendizagem em amamentação

É uma forma de trabalhar com pessoas, onde você entende como elas se sentem e as ajuda a decidir o que fazer, facilitando assim o atendimento para resoluções de obstáculos na amamentação.

Como ouvir e Aprender

  • Utilizar de comunicação não verbal útil.
  • Fazer perguntas abertas.
  • Usar expressões e gestos que demonstrem interesse.
  • Devolver com suas palavras o que a cliente diz.
  • Empatizar.
  • Evitar palavras que soam como julgamento.

Confiança e apoio

  • Aceitar/respeitar o que a cliente pensa e sente.
  • Reconhecer e elogiar o que a cliente e seu bebê estão fazendo correto.
  • Dar ajuda prática.
  • Dar pouca e relevante informação.
  • Usar linguagem simples.
  • Dar uma ou duas sugestões, não ordens.

6. ORIENTAÇÃO PELO TELEFONE ÀS CLIENTES COM DÚVIDA EM ALEITAMENTO MATERNO

Objetivo: Normatizar as condutas no atendimento aos problemas mamários com amamentação

INGURGITAMENTO

Questionar sobre:

  • Número de dias pós parto.
  • Características das mamas (temperatura da mama e corporal).
  • Presença de nódulos, hiperemia, tipo e condições dos mamilos.
  • Freqüência das mamadas.
  • Pega e posicionamento do bebê ao seio.
  • Realização de conduta prévia (ordenha, compressa, medicação).

Orientar sobre :

  • Conceito e fisiologia do ingurgitamento.
  • Uso da compressa de gelo.
  • Massagem e ordenha mamária.
  • Pega e posicionamento do bebê ao seio.
  • Atendimento no Banco de Leite Humano se necessário.

FISSURA MAMILAR

Questionar sobre :

  • Idade da criança.
  • Tipo e condições do mamilo.
  • Pega e posicionamento do bebê ao seio.
  • Presença de infecções na cavidade oral do bebê.

Orientar sobre :

  • Aplicar leite humano no mamilo.
  • Orientar quanto a pega e posicionamento do bebê ao seio.
  • Orientar quanto ao tratamento de infecções na cavidade oral do bebê.
  • Incentivar o uso do sutiã com peneira ou concha.
  • Fazer banho de sol/luz no mamilo.
  • Orientar quanto ao atendimento do Banco de Leite Humano.
  • Encaminhar, se necessário, para outros ambulatórios.

CONSERVAÇÃO DO LEITE HUMANO ORDENHADO

Orientar sobre :

  • Lavar o frasco de vidro e tampa plástica ( de maionese ou café solúvel) com sabão em água corrente.
  • Retirar todo papel existente no frasco e tampa.
  • Colocar o frasco e tampa numa panela no fogo por 20 minutos.
  • Secar parede externa do frasco e tampa com pano limpo, agitar o frasco para retirar o excesso de água.
  • Tampar o frasco de vidro com tampa plástica.
  • Conservar frasco tampado no congelador.
  • Usar técnica correta de ordenha mamária.
  • Colher leite humano por 24 h no mesmo frasco.
  • Conservar leite humano em congelador/freezer até 15 dias.
  • Utilizar geladeira por 24 horas, para coleta de leite humano ordenhado, como meio de conservação, se o leite for utilizado em curto período de tempo.

TÉCNICA DE ORDENHA MAMÁRIA

Orientar sobre :

  • Fazer compressa de gelo se as mamas estiverem doloridas.
  • Retirar anéis, pulseiras e relógio.
  • Lavar as mãos e antebraço com sabão em água corrente.
  • Massagear as mamas em movimento circulares.
  • Fazer expressão, colocando polegar na borda superior da aréola e o indicador na borda inferior, mantendo ritmo constante.
  • Colher o leite humano diretamente no frasco.

6. ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE BANCO DE LEITE HUMANO POR ESTABELECIMENTO DE FUNÇÕES

Objetivo: Esclarecer quanto as funções dos profissionais envolvidos em Amamentação

Ana Júlia Demétrio – Auxiliar de Enfermagem
Alvaniza do Rêgo Fernandes – Auxiliar de Laboratório
Daniele Freitas Braga – Assistente Social
José Ribamar Sousa Nascimento – Serviços Gerais
Kedimam Célis Barros Bastos – Enfermeira
Lucimar Menezes – Zeladora
Marly Peixoto – Farmacêutica
Maria Hildacir Lopes Cavalcante – Secretária
Rita de Cássia Barros Rodrigues – Enfermeira
Rosineila Nobre – Técnica de Laboratório
Telma Maria Matos Rodrigues – Atendente de Enfermagem
Valclécia Costa – Auxiliar de Enfermagem

Descriminação de Funções

Auxiliar de Enfermagem

Providenciar, junto ao Setor de Nutrição e Dietética almoço de pacientes do programa de incentivo à doação de leite.
Atender às pacientes com problemas de mamários sob supervisão .
Orientar sobre aleitamento materno às pacientes no Alojamento Conjunto.
Auxiliar no atendimento às mães no Lactário.
Preparar, se necessário, fórmulas lácteas para a Unidade de Neonatologia.
Supervisionar distribuição de Leite Humano/Formula láctea na Unidade de Neonatologia.
Orientar às mães externas com bebês na Unidade de Neonatologia.
Orientar às mães por telefone.
Acompanhar estagiários e estudantes.

Atendente de Enfermagem

Fazer triagem do atendimento.
Pesar e medir os bebês.
Providenciar resultados de cultura das mastites.
Providenciar resultados dos exames dos bebês.
Listar material para solicitação ao almoxarifado.
Auxiliar no registro de pacientes.
Auxiliar na ordenha mamária do Programa de Incentivo à doação de Leite Humano.
Auxiliar na ordenha mamária das mães no lactário.
Preparar, se necessário, fórmulas lácteas para o serviço de Neonatologia.
Orientar as mães por telefone.

Assistente Social

Orientar diariamente às gestantes através de grupos no Pré Natal.
Orientar às mães com bebê internados na Unidade de Neonatologia.
Orientar às mães com bebês em acompanhamento no Ambulatório de Neonatologia.

Enfermeira

Atender às pacientes com problemas mamários.
Orientar às pacientes por telefone.
Orientar e acompanhar estagiários e estudantes em treinamento.
Supervisionar a equipe de Enfermagem.
Fazer mapa diário de atendimento.
Rever fichas de atendimento individual.
Realizar grupo de orientação às mães de primeira consulta no Banco de Leite Humano.
Realizar consulta de Enfermagem em Puericultura.
Supervisionar o programa de incentivo à doação de leite humano.
Coordenar o programa de Mães Orientadoras.
Fazer escala Mensal.

Farmacêutica

Orientar à doadora para coleta e armazenamento do leite humano.
Realizar processamento do leite humano ordenhado.
Realizar análise microbiológica do leite humano ordenhado.
Realizar análise fisico-química do leite humano ordenhado.
Realizar leitura dos resultados da análise microbiológica do leite humano ordenhado.
Supervisionar a equipe do Laboratório de microbiologia.
Supervisionar o Programa de coleta domiciliar de leite humano realizado pelo Corpo de Bombeiros.
Orientar e acompanhar estagiários e estudantes em treinamento.

Técnica em Laboratório

Orientar à doadora quanto a coleta, armazenamento e transporte do leite humano.
Receber e identificar o leite humano doado.
Selecionar leite humano doado para pasteurização.
Realizar processamento leite humano doado.
Realizar análise microbiológica do leite humano.
Realizar análise físico-química do leite humano.
Fazer leitura dos resultados de análise do leite humano ordenhado doado.
Registrar resultados das análises do leite humano ordenhado.
Distribuir o leite humano pasteurizado.

Secretária

Recepcionar as pacientes e acompanhantes.
Atender telefonemas.
Registrar pacientes atendidos pela enfermagem.
Registrar mapa de atendimento de enfermagem.
Entregar fichas de atendimento no Centro de Processamento de Dados.
Registrar estagiários e estudantes em treinamento.
Providenciar e arquivar estatística mensal de todo o atendimento do Banco de Leite Humano.
Providenciar e arquivar correspondências e documentos do Banco de Leite Humano.
Providenciar pedido semanal de material de consumo.

Zeladora

Realizar limpeza diária de toda área física do Banco de Leite Humano.
Realizar desinfecção do material permanente do Banco de Leite Humano.
Providenciar lanches no Serviço de Dietética e Nutrição para as pacientes

Serviços para Encaminhamentos

Ambulatório de Pediatria – Hospital Universitário Walter Cantídio

Emergência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand

Mastologia

Ana Patrícia Xerex – Mastologista
Gelma Freitas – Mastologista

Psicologia

Scheylla Santos Riedmiller – Psicóloga

Este manual está sujeito a revisão conforme novas pesquisas

sobre ALEITAMENTO MATERNO e

PROCESSAMENTO DO LEITE HUMANO.

Sugestões poderão ser enviadas através dos sites:

http://www.meac.ufc.br/

www.bj-inf.com.br/bleitemeac



Fonte: http://www.abpblh.org.br/manual.htm
(Manual do Banco de Leite Humano da MEAC)